terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Diversidade sim, mas não no Planeta

Cresci (para cima e para os lados) sem saber o que era a emoção de estar no Planeta Atlântida. Na época que começou essa coisa fantástica eu não tinha dinheiro e nem mesmo as amizades necessárias para poder encarar essa aventura, pois quem se aventura não precisa de dinheiro, apenas de uma mochila e do ingresso, se é que o ingresso conta nestas horas. Bastava que eu tivesse conhecido a minha guria alguns anos antes e quem sabe ela me convenceria e pegar o ônibus e descer em Xangri-lá, só com a roupa do corpo e me divertir de forma inusitada com bandas das quais eu nunca fui a um show sequer. Ela foi e se aventurou, mais de uma vez inclusive, e eu fiquei na vontade... seguidamente ela me pergunta “Como tu vivia antes de mim?” e eu não sei o que responder, se não vivia ou se não sabia o que era viver.

Ainda assim, pelo tempo que estamos juntos, já nos programamos algumas vezes para ir, mesmo ela gostando de Ivete e eu de House/Psy/Trance. Ela na verdade me fez gostar de Ivete, mas a mente dela não aceitou ouvir som eletrônico até hoje. Já fomos ao Atlântida Festival e aos aniversários da Pop Rock em Porto Alegre, mas sem comparação com o Planeta, é como o Sol e a Lua. Ambos incríveis, mas grandezas diferentes. Quem conhece a essência dos primeiros Planetas vai entender o que quero dizer a seguir.

O mundo clama pela diversidade, mas meu pen-drive continua com os bons e velhos Rock aliados a Metal Melódico e com uma pitada de Trance/Psy/House. Não entra Funk, Sertanejo, Pagode, MPB, Samba, Gospel e afins, pois não é e nem será meu estilo. O que é o Planeta hoje além de uma mistura de jabá com apelação? Luan Santana? Michel Teló? Victor e Léo!? Credo. O Planeta já eras.

‘Welcome to my Planet Hell”, sábias palavras de Thoumas, porém eles nunca tocaram no Planeta ou no Festival, mas felizmente foram ao Opinião. E nesse eu também não fui! (Baita vacilão que eu sou.) Pelo menos passou definitivamente a vontade de ir ao Planeta a algumas poucas edições, pois do jeito que está não precisa mais existir (pra mim). Aliás, como eu disse, já não existe mais o Planeta Atlântida e sim um palco com a tal diversidade. Bom pra quem gosta...

Resalva: Foi dito por Nando Reis na entrevista do seu pré-show que o Planeta é um festival da diversidade e não mais um palco do rock. Se é assim então faz sentido e definitivamente esse não é o meu Planeta. Ele foi destruído junto com Kripton a muito tempo atrás. 

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