domingo, 30 de janeiro de 2011

Deslocamento espaço temporal

Não é matéria de escola e nem assunto de algum filme de ficção científica, mas simplesmente um momento nulo na sua vida. Não há motivo aparente e nem quem possa te ajudar a esclarecer o fato, parece uma crise existencial. Hoje, neste exato momento, me sinto aqui, mas somente de corpo presente. A alma vagueia por onde já estive e não consigo voltar, apenas em sonhos de noites mau dormidas. Não pertenço a este lugar, nem a este tempo, a nada que esteja à minha volta.

Acreditar que isso é uma verdade ou não depende de como cada pessoa consegue lidar com a realidade. E o que é a realidade? O que vemos ou como somos vistos ou como sentimos nosso ambiente? Assim complicou mais ainda, pois não consigo ver nada, tudo é como um quadro onde a pintura está incompleta. Não sei como sou visto, pois já não tomo consciência ou importância da necessidade de ser aceito em uma sociedade. Já não sinto nada, em relação ao ambiente ou a qualquer outra coisa que deveria ser importante para mim.

Quem sabe esse sentimento vá embora amanhã, então saberei que momentos como este passam tão rápidos quanto chegaram. Se não passar, então realmente não é de forma rápida que o mundo gira, mas no momento certo de aprendermos que o dia deve morrer para nascer de novo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E o Planeta Acabou...

Pelo menos o de Santa Catarina e eu não perdi nada mesmo. Estava conversando a pouco sobre as edições anteriores e uma curiosidade é que o  Engenheiros do Hawaii esteve presente apenas uma vez, nunca mais. Bom, deve ser porque todas as músicas parecem ser a mesma e neste caso não havia necessidade de mais shows com eles. Já o Armandinho, que era um show secundário, é um dos principais hoje em dia. Uma evolução? Não. Eu creio que na verdade é um retrocesso do espetáculo. A Paulinha sempre encanta ele e Deus permanece desenhando a criatura, nada de novo. Ainda bem que existe Capital Inicial para salvar a festa e um pouco de nostalgia com Nando Reis. E mais, Ivete estará no RS.

Luan Santana é apenas mais um com muitos minutos de fama, assim como existiu um dia a Banda Apocalypiso (deveria ser esse o nome, pois era mesmo o fim do mundo ouvir aquela voz nasalada), nunca será algo que dure mais que dois verões. Espero que Victor e Léo, sejam levados rio abaixo com as borboletas e o sapo junto. Ah! O Michel Teló deveria cantar Rosinha, sendo ele a protagonista.

Restart? Não, deixa travado mesmo, porque do jeito que está é capaz sim de ficar pior na próxima edição se reiniciar.

Diversidade sim, mas não no Planeta

Cresci (para cima e para os lados) sem saber o que era a emoção de estar no Planeta Atlântida. Na época que começou essa coisa fantástica eu não tinha dinheiro e nem mesmo as amizades necessárias para poder encarar essa aventura, pois quem se aventura não precisa de dinheiro, apenas de uma mochila e do ingresso, se é que o ingresso conta nestas horas. Bastava que eu tivesse conhecido a minha guria alguns anos antes e quem sabe ela me convenceria e pegar o ônibus e descer em Xangri-lá, só com a roupa do corpo e me divertir de forma inusitada com bandas das quais eu nunca fui a um show sequer. Ela foi e se aventurou, mais de uma vez inclusive, e eu fiquei na vontade... seguidamente ela me pergunta “Como tu vivia antes de mim?” e eu não sei o que responder, se não vivia ou se não sabia o que era viver.

Ainda assim, pelo tempo que estamos juntos, já nos programamos algumas vezes para ir, mesmo ela gostando de Ivete e eu de House/Psy/Trance. Ela na verdade me fez gostar de Ivete, mas a mente dela não aceitou ouvir som eletrônico até hoje. Já fomos ao Atlântida Festival e aos aniversários da Pop Rock em Porto Alegre, mas sem comparação com o Planeta, é como o Sol e a Lua. Ambos incríveis, mas grandezas diferentes. Quem conhece a essência dos primeiros Planetas vai entender o que quero dizer a seguir.

O mundo clama pela diversidade, mas meu pen-drive continua com os bons e velhos Rock aliados a Metal Melódico e com uma pitada de Trance/Psy/House. Não entra Funk, Sertanejo, Pagode, MPB, Samba, Gospel e afins, pois não é e nem será meu estilo. O que é o Planeta hoje além de uma mistura de jabá com apelação? Luan Santana? Michel Teló? Victor e Léo!? Credo. O Planeta já eras.

‘Welcome to my Planet Hell”, sábias palavras de Thoumas, porém eles nunca tocaram no Planeta ou no Festival, mas felizmente foram ao Opinião. E nesse eu também não fui! (Baita vacilão que eu sou.) Pelo menos passou definitivamente a vontade de ir ao Planeta a algumas poucas edições, pois do jeito que está não precisa mais existir (pra mim). Aliás, como eu disse, já não existe mais o Planeta Atlântida e sim um palco com a tal diversidade. Bom pra quem gosta...

Resalva: Foi dito por Nando Reis na entrevista do seu pré-show que o Planeta é um festival da diversidade e não mais um palco do rock. Se é assim então faz sentido e definitivamente esse não é o meu Planeta. Ele foi destruído junto com Kripton a muito tempo atrás.