quinta-feira, 13 de maio de 2010

As novelas de sempre

A novela do horário nobre da Globo está acabando (finalmente!), mas as novelas do Governo Federal continuam. Eu gostaria realmente de acreditar que o PNBL (Plano Nacional de Bunda Banda Larga) vai ser alguma coisa boa para todos, mas não consigo e a culpa é deles. Cada vez que leio uma nova notícia sobre ele percebo que haverá um novo capítulo sem desfecho final. 

O novo presidente da Telebrás, Rogério Santanna, disse que se não tiver apoio privado  terá de reinventar, usar medidas criativas para entregar o serviço ao usuário final, mesmo não sendo esta a finalidade da estatal. Penso então que será possível entregar banda larga de carroça nos confins do Brasil? Ou quem sabe usar dois copos plásticos com um barbante colado no fundo de cada, só não pode esquecer de esticar o barbante!

Não é uma opção reinventar coisas quando se trata de serviços com qualidade. Ninguém precisou reinventar a roda porque ela é perfeita para a função. No máximo precisou ser aprimorada com alguns itens opcionais, mas foi só isso. A função dela é girar, não importam as conexões que ela receba, ela deve girar. O que pode atrapalhar são as conexões, o terreno ou até mesmo a má vontade de alguém que esteja tentando impedi-la de girar, mas ela é perfeita para girar.

Quando iniciaram essa novela eu fiquei feliz, mas depois de alguns capítulos percebi que ela é mais um dramalhão mexicano com nomes duplos e emoções vazias. Eu já deveria esperar que sairia caro, demorado e não viria para todos. Corrigindo, a conta vem para todos! Lá vamos nós novamente pagar para que os sem-terra tenham internet e para os indígenas acompanharem as novidades Bolivarianas. 
  
Em tempo: ao lado de minha residência há um loteamento popular com umas 250 moradias e toda a infra-estrutura de cabeamento telefônico é de fibra óptica. Bom saber foi que a alimentação do cofre de distribuição  desta rede é analógica e de fiação simples. É como ter um aeroporto internacional para pouso e decolagem de mosquitos, um de cada vez.