segunda-feira, 20 de junho de 2011

Passada uma semana...

Ainda me espanto com o que leio nos jornais ou com o que assisto na TV. Incrível como perde-se a esperança de crescimento evolutivo da humanidade com tantos absurdos. Por onde começamos? Na verdade creio que o certo é "onde terminaremos?".

Não sou do tipo doce, estou mais para o pomelo, bem azedo e crítico com tudo e com todos. Isso poderia me deixar na posição de suspeito, mas nem tanto, não agora. Esta semana assisti mais uma vez ao Parque das Enganações, mas aí tu te pergunta "não é só naquele programa de domingo da Globo que isso aparece?", na verdade não. O Parque das Enganações ocorre todos os dias, em todos os horários possíveis e nos lugares mais públicos que existem. 

Imaginem a Caixa de Pandora, sendo aberta nos dias de hoje, com certeza não faria tanto estrago quando a documentação entregue à ONU sobre as torturas no período da ditadura aqui no Brasil. Só que a coisa foi impedida de ser exposta, uma coisa que sempre foi exigida pelo governo atual antes de assumir o poder. Bom, para mim sempre achei que essa coisa de buscar corpos e saber se morreu (claro que morreu, estaria onde?) era apenas para ganhar dinheiro do governo, mas já não assumo mais essa posição hoje. Acredito que o medo de abrir esses documentos não é apenas por indenizar os parentes das vítimas, mas porque punir os mandantes e os comandados pode gerar um mal-estar muito grande no governo, na sua imagem e principalmente nos seus aliados. Aliados... proteger e ser protegido.

São esses os malefícios de ter aliados sujos, faz com que a sujeira deles grude nos demais. Pode ser até que abram a caixa, mas não nos tempos atuais. Deixem passar mais uns quarenta anos e quem sabe poderemos descobrir se é interessante abrir o passado sem que este destrua com o presente (deles, não o meu).